Conforme relatório emitido pela FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos, foram encontrados altos níveis de contaminação em especiarias, especialmente nos produtos importados. Com o intuito de reduzir esses riscos trazidos por contaminações microbiológicas, tem se tornado cada vez mais comum o uso do processo de irradiação nos alimentos. Esse processo consiste em um tratamento físico, onde submete-se o alimento, embalado ou a granel, a doses controladas de radiação ionizante, para melhoria das condições sanitárias, fitossanitárias e para fins tecnológicos (retardamento do envelhecimento dos hortifrútis, eliminação de micro-organismos deteriorantes e patogênicos, e esterilização/morte de pragas). Tem sido utilizado principalmente para frutas, especiarias e temperos, e até mesmo em carnes e moluscos.

O tratamento por irradiação é legalizado no Brasil e em vários outros países, sendo considerado seguro, quando devidamente controlado. O uso da irradiação é regulamentada pela resolução RDC nº21 da ANVISA e a instrução normativa IN 9. Todos os alimentos que passam pelo procedimento devem ser devidamente identificados com a frase “alimento tratado por processo de irradiação”. Nos EUA, os mesmos recebem a identificação com o símbolo internacional “Radura”. Mas será que é realmente seguro e a vantajoso fazer o uso desse tratamento para alimentos? O tratamento, assim como a pasteurização e outros, gera perda de alguns nutrientes. Também, uma das críticas seria que o processo poderia ser realizado com o intuito de “camuflar” más condições higiênico-sanitárias dos alimentos. Além disso, o amplo uso poderia gerar substâncias residuais, prejudiciais à saúde, como algumas causadoras de câncer (tolueno e benzeno), porém não há evidências da presença dos mesmos. É discutido também sobre o risco para o meio ambiente, devido a destinação de equipamentos e rejeitos radiativos decorrentes do processo, fora o alto custo de realização do processo de irradiação.

 

banana ionizada

 

Portanto, o ideal seria investir em melhorias preventivas de controle higiênico-sanitário, preservando assim as características nutricionais e levando a ingestão de um alimento mais saudável e com maior durabilidade.